FACES URBANAS
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
EXILADO
O que você faria se estivesse em uma terra onde os passaros não gorjeiam como lá? Conheceria ou enlouqueceria? São duas vias de uma mesma trajetória.
Sinto que minhas entranhas não esão aqui, ficaram no porto do cais de onde partí e que meu coração dilacerado pela distancia já não pulsa mais a mesma confiança. Não consigo sentir meus pés em chão concreto, mas de concreto o que temos na vida se não o ato de nascermos, o destino de padecermos e irrefutável prazer de morrermos. Não queria nunca ter saído da terra que nasci. Mas de lá a vida me arrancou sem nem perguntar ou questionar os meus reais interesses. Fulgás, me atirou ao chão do Cais, enquanto os outros perguntavam "onde Vais".
E os amigos de outrora? E as pedrinhas da Rua da Aurora? E as canções de Martinho Canora? E a dor rasgante em meu peito por ir embora!
Ninguém nunca devia ser arrancado de sua terra natal. Por qualquer motivo que fosse. Trabalho, doença, Sonhos. É como nos arrancar de uma mãe que sofreu tanto a nos parir. Ou como nos tomar a casa que suamos tanto pra construir. É como lhe tirar o chão e lhe por em um pleno vácuo de ilusão, onde todos sãos magos e duendes de um reino ficticio onde nada faz sentido ou vale a pena. E fazer você perceber que as estrofes daquele poema já não são mais os mesmo. Que você não é mais o mesmo. que quando regressares, sua terra também não será mais a mesma.
Exilado, como um cantor da tropicália em plena Ditadura. A Ditadura da vida, que martiriza, humilha, sacaneia e tortura. Uma sádica perversa e pervertida, que sente extase no prazer de le impor desafios que sua alma e incapaz de enfrentar. E nossa obrigação é sermos fortes. Se não morremos. E será que nã é melhor morrermos logo?Dá fim a tudo isso. MAs quem tem coragem de enfiar o dedo na própria goela e morrer de asfixia? Por que não fazemos um pto e enfiamos os dedos nas goelas dos outros? Suicidio coletivo. Podes rir, podes rir. Não és tu que estás forasteiro em uma terra estranha, onde ninguém se parece com você, nenhum lugar se identifica com você, onde nem você continua a ser você. MAs não quero morrer, não. Me recuso a ser enterrado em outra terra que não seja a minha. Quero morrer lá, só pelo prazer bairrista de juntar os meus restos àquele chão e me tornar um pedacinho da minha cidade, da minha paixão.
Te amo, Recife.
Sinto que minhas entranhas não esão aqui, ficaram no porto do cais de onde partí e que meu coração dilacerado pela distancia já não pulsa mais a mesma confiança. Não consigo sentir meus pés em chão concreto, mas de concreto o que temos na vida se não o ato de nascermos, o destino de padecermos e irrefutável prazer de morrermos. Não queria nunca ter saído da terra que nasci. Mas de lá a vida me arrancou sem nem perguntar ou questionar os meus reais interesses. Fulgás, me atirou ao chão do Cais, enquanto os outros perguntavam "onde Vais".
E os amigos de outrora? E as pedrinhas da Rua da Aurora? E as canções de Martinho Canora? E a dor rasgante em meu peito por ir embora!
Ninguém nunca devia ser arrancado de sua terra natal. Por qualquer motivo que fosse. Trabalho, doença, Sonhos. É como nos arrancar de uma mãe que sofreu tanto a nos parir. Ou como nos tomar a casa que suamos tanto pra construir. É como lhe tirar o chão e lhe por em um pleno vácuo de ilusão, onde todos sãos magos e duendes de um reino ficticio onde nada faz sentido ou vale a pena. E fazer você perceber que as estrofes daquele poema já não são mais os mesmo. Que você não é mais o mesmo. que quando regressares, sua terra também não será mais a mesma.
Exilado, como um cantor da tropicália em plena Ditadura. A Ditadura da vida, que martiriza, humilha, sacaneia e tortura. Uma sádica perversa e pervertida, que sente extase no prazer de le impor desafios que sua alma e incapaz de enfrentar. E nossa obrigação é sermos fortes. Se não morremos. E será que nã é melhor morrermos logo?Dá fim a tudo isso. MAs quem tem coragem de enfiar o dedo na própria goela e morrer de asfixia? Por que não fazemos um pto e enfiamos os dedos nas goelas dos outros? Suicidio coletivo. Podes rir, podes rir. Não és tu que estás forasteiro em uma terra estranha, onde ninguém se parece com você, nenhum lugar se identifica com você, onde nem você continua a ser você. MAs não quero morrer, não. Me recuso a ser enterrado em outra terra que não seja a minha. Quero morrer lá, só pelo prazer bairrista de juntar os meus restos àquele chão e me tornar um pedacinho da minha cidade, da minha paixão.
Te amo, Recife.